terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Picadinho Mexicano

Neste vídeo a Chef Heloisa Bacellar do Lá Da Venda vai mostrar a receita do Picadinho Mexicano. Se arrisque e veja que é muito mais fácil do que parece!

Ingredientes:

500 g de filé mignon em tirinhas finas
1 vidro grande (680 ml) de passata de tomate Casino
2 colheres (chá) ou a gosto de molho de pimenta Qualitá
2 colheres (sopa) de molho inglês
1/3 de xícara de ketchup picante Qualitá
1 xícara de suco laranja
Suco de 2 limões
360 ml de iogurte natural (2 copinhos)
140 g de milho verde em conserva Casino (lata pequena)
1 abacate grande e maduro
1 pepino lavado e com casca
1/3 de xícara de coentro
1/3 de xícara de salsinha
10 folhas de hortelã
Sal e azeite de oliva

Modo de preparar:

Aqueça uma frigideira grande, junte um fio de azeite
e o filé mignon. Doure os dois lados e transfira para
uma tigela. Junte 1/3 de xícara de água à frigideira,
para soltar o que estiver colado ao fundo, e retire
do fogo. Coloque na frigideira a passata de tomate,
o molho inglês, o molho de pimenta, o ketchup,
os sucos de limão e de laranja, o iogurte e misture
bem. Acerte o sal e reserve. Numa tigela, misture
o milho, o abacate, o pepino, o coentro, a salsinha
e a hortelã bem picadinhos.

Montagem:

Coloque uma parte da mistura do milho, alguns
pedacinhos do filé mignon por cima e o molho aoredor. Decore com folhas de coentro.

Receita elaborada pela chef Heloisa Bacellar.
Serve: 4 pessoas.
Tempo de preparo: 30 minutos.


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Características do Leite.

De acordo com o artigo 475 do RIISPOA "entende-se por leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa, e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite de outros animais deve denominar-se segundo a espécie de que proceda." É um alimento de grande importância na alimentação humana, devido ao seu elevado valor nutritivo. Como fonte de proteínas, lipídios, carboidratos, minerais e vitaminas, o leite torna-se também um excelente meio para o crescimento de vários grupos de microrganismos desejáveis e indesejáveis (Souza et al., 1995). A durabilidade do leite é limitada pela presença e multiplicação de microrganismos, que causam modificações físico-químicas no mesmo.

2. CLASSIFICAÇÃO DO LEITE

Ele é classificado seguindo o seu modo de produção, composição e requisitos físicoquímicos e biológicos. Recebem as denominações A, B ou C. Essas denominações é determinada a partir da contagem de microrganismos presentes no leite. A contagem é apresentada na forma geral, no entanto, para cada tipo de microrganismo existem métodos específicos para sua determinação.
O principio básico da contagem consiste em diluir a amostra de leite e proceder à inoculação da mesma em placa de Petri, tendo por meio de cultura o agar - padrão. Este é composto de elementos nutritivos que serão utilizados pelas bactérias presentes na amostra de leite para se desenvolverem. Os resultados são processados pela contagem do numero de colônias a partir do volume da amostra de leite utilizado. O leite deve passar pelo processo de pasteurização, que pode ser lenta ou rápida. A pasteurização serve para garantir ao consumidor um leite de melhor qualidade, livre de microrganismo. Na pasteurização rápida, o leite é aquecido à temperaturas entre 72 e 75° C por um tempo que pode variar de 15 a 20 segundos, Após esse tratamento térmico, o leite é resfriado à 5° C e, em seguida, é embalado e estocado em câmaras refrigeradas.  Na pasteurização lenta o leite é aquecido a 63ºC durante 30 minutos e passa por resfriamento natural. O leite tipo A é oriundo de um controle mais rigoroso na produção e higienização do leite. O leite é pasteurizado e embalado na própria fazenda, existindo, portanto, uma menor quantidade de microrganismos. O leite tipo B é transportado para indústria em qual ele é pasteurizado e embalado e já o leite tipo C é aquele pasteurizado e embalado na indústria, tendo uma maior quantidade de microrganismos. O leite tipo A e B possuem mais e 3% de gordura, enquanto no leite tipo C, essa quantidade é reduzida para menos de 3%. Os tipos de leite são classificados de acordo com a quantidade de microrganismos, como é mostrado na tabela 1.
 
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Classificação dos tipos de leite conforme a legislação brasileira
Tipo                                                      A                       B                         C

Carga Bacteriana col/ml (leite cru)      10.000             500.000            Sem limites
Carga Bacteriana col/ml (pasteuriz.)    5.000               40.000              150.000
Coliformes                                        Ausência         Tolerância em         Tolerância 
                                                         em 1ml                0,5 ml              em 0,2 ml
Matéria-gorda (% m/V)                     Integral              Integral                   3,0
Acidez (Dornic)*                                15-18                15-18                 15-18
Densidade (g/l)                              1.028-1.033       1.028-1.033       1.028-1.035
Crioscopia (H*)                           0,54 a – 0,56      0,54 a -0,56      0,53 a -0,56
Alizarol (68ºGL)                               Normal                Normal               Normal
Lactose (% m/V)                                 4,3                     4,3                     4,3
Fosfatase                                              +                        +                        +
Peroxidade                                           +                        +                        +
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3. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS

São as características que se pode perceber através do paladar, olfato e visão. Através destes sentidos é possível observar o aspecto, sabor, odor, cor, e aroma do leite. 

3.1 SABOR

O leite fresco possui um sabor levemente adocicado e agradável, devido essencialmente a alta quantidade de lactose. Alem disso, os outros elementos do leite, inclusive as proteínas que são insípidas, participam de alguma forma, direta ou indireta, na sensação de sabor. Pode ocorrer mudança no sabor do leite devido a várias causas, no qual estas estão relacionadas fundamentalmente ao manejo dos animais e como o leite é processado pois mesmo depois da pasteurização e embalagem, o leite ainda pode absorver sabores indesejáveis. O teor de gordura também influencia no sabor do leite, pois, normalmente, quanto maior o teor de gordura mais saboroso o leite será. 

3.2 ODOR

O leite possui odor suave, levemente ácido, e lembra mais ou menos o animal que o produziu e ele recém-ordenhado tem um odor relacionado ao ambiente de ordenha, que desaparecem logo depois.Os principais elementos que influenciam o odor do leite são provenientes de alimentos, meio ambiente, utensílios que entram em contato com o leite e microrganismos.
Odores desagradáveis do leite podem ser eliminados durante a pasteurização, quando o produto passar por um equipamento denominado aerador. Neste equipamento o leite levemente aquecido é turbilhonado de tal forma que as substâncias voláteis que conferem odor desagradável sejam evaporadas.

3.3 COR

A cor característica do leite (branco-amarelada opaca) é devido principalmente à dispersão da luz pelas micelas de caseína, sendo que glóbulos de gordura dispersam a luz, mas pouco contribui para a cor branca do leite. A cor amarelada do leite e devido a substancias lipossolúveis (caroteno e a riboflavina).

3.4 ASPECTO

O leite deve ter o aspecto liquido, homogêneo, formando uma camada de gordura na superfície quando deixado em repouso. Não pode conter substâncias estranhas, devendo esta sempre limpo.

4. CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS

O leite é um alimento completo (tabela 3), tendo que ser consumido por crianças jovens e adultos. Ele é indispensável na alimentação. O leite é composto de água e é nessa porção que encontram dispersos os componentes sólidos, denominados sólidos totais (ST). Os sólidos totais são constituídos de proteínas, gordura, lipídios, lactose e sais. Os sólidos totais são divididos em lipídeos (gorduras) e sólidos não gordurosos (SNG – proteínas, lactoses e cinzas). A composição do leite pode variar de acordo com os seguintes fatores: raça, período de lactação, alimentação, saúde, período de cio, idade, características individuais, clima, espaço entre as ordenhas e estação do ano. O teor de gordura no leite é em média 3,5%. A quantidade de gordura é variável de acordo com alimentação, sanidade, idade e raça do animal. A determinação e gordura é um dos meios de verificar se o leite foi fraudado. A determinação de gordura pode ser realizada através de testes químicos e eletrônicos. Na tabela 2 é mostrada a composição do leite de diferentes espécies.

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Composição do leite em diferentes espécies.

Espécie                                                          Componentes

               Densidade    Água     Proteína    Gordura   Lactose   MatériaSeca     S.Minerais

Mulher       1.031        88,12       1,90         4,50         5,30         11,88              0,18
Égua          1.031        88,80       2,70         2,50         5,50         11,20              0,50
Cabra        1032         87,54       3,70         4,20         4,00         12,46              0,56
Ovelha       1.038       80,41       6,52          6,86         5,23         19,59              0,98
Jumenta     1.033        90,45       1,70         1,55         5,80          9,55               0,50
Búfala        1.034        82,05       4,00         7,98         5,18         17,95              0,79
Vaca          1.030       87,25       3,50         3,80          4,80         12,75              0,65
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                                            Composição do leite de vaca

             Componentes principais                             Composição média
                       Água                                                           87%
                 Sólidos totais                                                     13%
                    Gordura                                                         3,9%
                   Proteínas                                                        3,4%
                    Lactose                                                         4,8%
                   Minerais                                                         0,8%
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5. CARACTERÍSTICAS HIGIÊNICAS

A qualidade do leite inicia-se na fazenda, sendo necessário ordenhas com condições higiênicas e animais saudáveis. Na industrialização, distribuição e comercialização do leite a qualidade do leite deve ser mantida.
A contaminação do leite pode ocorrer de várias maneiras: durante a ordenha, no processamento com equipamentos inadequados, devido à falta de limpeza e higiene dos recipientes, devido ao estado de saúde dos animais assim como várias outras formas. Alguns fatores como, por exemplo, o estado de saúde dos animais irá atingir de forma direta o ser humano, podendo provocar doenças como a tuberculose, a brucelose e a leptospirose.
6. ACIDEZ E pH DO LEITE 

A acidez do leite fresco varia de 0,12 a 0,23% em ácido lático. Vários são os métodos utilizados para a quantificação da acidez em leite e derivados. Todos eles, no entanto, utilizam soluções de hidróxido de sódio como titulante e solução de fenolftaleína como indicado. A acidez é determinada pela porcentagem de ácido lático no leite. O leite possui acidez natural que varia de 14 a 16° Dornic (um grau Dornic corresponde a 0,001g de ácido lático contido em 10ml de leite, a 0,01% de ácido lático (g ácido lático/100g leite) e com o desenvolvimento bacteriano, a lactose é transformada em ácido lático. O crescimento excessivo de bactérias pode elevar acidez a níveis elevados (< 18° D) impedindo a recepção e processamento do leite. O pH do leite recém ordenhado de uma vaca sã pode variar entre 6,4 a 6,8, e também pode ser um indicador da qualidade sanitária e da estabilidade térmica do leite. Nos casos graves de mastite, o pH pode chegar a 7,5 e na presença de colostro, pode cair a 6,0. 


7. DENSIDADE DO LEITE

A densidade do leite é uma relação entre seu peso e volume e é normalmente medida a 15° C ou corrigida para essa temperatura. A densidade do leite é, em média, 1,032 g/mL, podendo variar entre 1,023 e 1,040 g/mL. A densidade da gordura do leite é aproximadamente 0,927 e a do leite desnatado, cerca de 1,035. Assim, um leite com 3,0% de gordura deverá ter uma densidade em torno de 1,0295, enquanto um com 4,5% deverá ter uma densidade de 1,0277.Através dela é possível avaliar a relação entre os sólidos e o solvente no leite, utilizado juntamente com o teste de gordura para determinar o teor de sólidos do leite. A densidade abaixo do nível serve para identificar fraude no leite (água), problemas nutriconais ou ainda problemas na saúde do animal. 


8. PONDERAÇÕES FINAIS

O leite é alimento com muitos nutrientes, sendo de suma importância para saúde. Vale ressaltar que o leite deve ser obtido com condições higiênicas, sanitárias e nutricionais seguras de forma que não prejudique o consumidor.



 REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, A. C, et al.  Características físico-químicas e microbiológicas do leite cru, 
Alfenas: 1999. Disponível em:  
http://www.unifenas.br/pesquisa/revistas/download/ArtigosRev2_99/pag165-168.pdf>Acesso 
em: 24 de agosto de 2007. 
CASTRO, P.S.  Apostila de Tecnologia de Leites e Derivados.  2006. Disponível em: 
http://agata.ucg.br/formularios/ucg/docentes/maf/patricia/pdf/Apostila_Aula_Pr%C3%A1tica.
pdf > Acesso em 26 de agosto de 2007. 
FERRAZ, E., MACHADO, F. M. A importância da qualidade do leite e seus derivados, 
seus benefícios e riscos para o consumidor, 2001. Disponível em: 
http://www.planetaorganico.com.br/leite1.htm> Acesso em 25 de agosto de 2007. 
GUIMARÃES, P.  Valor nutritivo do leite.  Disponível em: 
http://64.233.169.104/search?q=cache:FjrXJeciz0cJ:www.cienciadoleite.com.br/valornutritivo
.htm+leite+%22caracter%C3%ADsticas+organol%C3%A9pticas%22+odor&hl=ptBR&ct=clnk&cd=4&gl=br&lr=lang_pt> Acesso em: 26 de agosto de 2007. 
SOUZA, M. R., RODRIGUES, R., FONSECA, L. M., CERQUEIRA, M. M. O. P. 
Pasteurização do leite. Caderno Técnico da Escola de Veterinária UFMG, n. 13, p.85-93, 
1995.